Ilhas Malvinas (Falkland Islands)
Existe uma grande controvérsia sobre sua descoberta e posterior colonização pelos europeus. Em vários momentos teve assentamentos franceses, britânicos, espanhóis e argentinos. O Reino Unido reafirmou seu controle sobre o arquipélago em 1833, embora a Argentina mantenha sua reivindicação às ilhas. Em abril de 1982, forças argentinas ocuparam temporariamente o território. A administração britânica foi restaurada dois meses mais tarde, no final da Guerra das Malvinas.
A população (2,932 habitantes em 2012) é constituída principalmente por nativos, a maioria de ascendência britânica. Outras etnias incluem franceses, gibraltinos e escandinavos. A imigração vinda do Reino Unido, da ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, e do Chile reverteu o declínio populacional. A língua predominante e oficial é o inglês. De acordo com uma lei de 1983 aprovada pelo Parlamento do Reino Unido, os malvinenses são considerados cidadãos britânicos.
O arquipélago se encontra no limite das zonas climáticas oceânica subantártica e de tundra, com as duas principais ilhas tendo cordilheiras que atingem 700 metros de altura. Elas são o lar de grandes populações de aves, embora muitas já não se reproduzam nas partes mais habitadas por causa da concorrência com espécies introduzidas. As principais atividades econômicas são a pesca, o turismo e a criação de ovinos, com ênfase em exportações de lã de alta qualidade. A exploração de petróleo, licenciada pelo Governo das Ilhas Malvinas, permanece controversa, como resultado de disputas marítimas com a Argentina.
O nome anglófono do arquipélago, Falkland, foi inspirado pelo "Falkland Sound" (Canal de San Carlos), o estreito que separa as duas ilhas principais do arquipélago. O nome "Falkland" foi dado ao canal por John Strong, capitão de uma expedição inglesa que desembarcou nas ilhas em 1690. Strong nomeou o estreito em homenagem a Anthony Cary, 5º visconde de Falkland, o tesoureiro da marinha que patrocinou a viagem. Seu título de visconde tem origem na cidade de Falkland, Escócia, cujo nome vem de folkland (terra submetida ao direito-folk). O nome não foi aplicado às ilhas até 1765, quando o capitão britânico John Byron, da Marinha Real, reivindicou-as para o rei Jorge III como "Ilhas de Falkland". O termo "Falklands" é uma abreviatura padrão usada para se referir ao arquipélago.
O nome espanhol, Islas Malvinas, deriva do francês Îles Malouines - o nome dado para as ilhas pelo explorador francês Louis-Antoine de Bougainville em 1764. Bougainville, que fundou o primeiro assentamento humano das ilhas, nomeou a área em homenagem ao porto de Saint-Malo (o ponto de partida de seus navios e colonos). O porto, por sua vez, localizado na região da Bretanha, no oeste da França, recebeu esse nome por conta de São Malo (ou Maclou), o evangelista cristão que fundou a cidade europeia.
Na vigésima sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, o Quarto Comitê determinou que em todas as línguas, exceto o espanhol, toda a documentação da ONU iria designar o território como Falkland Islands (Malvinas). Em espanhol, o território é designado como Islas Malvinas (Falkland Islands). A nomenclatura utilizada pelas Nações Unidas para fins de processamento estatísticos é Falkland Islands (Malvinas).